É primeira votação sobre o assunto de uma agência da ONU; EUA foram contra.
A Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou nesta segunda-feira a admissão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) como membro de pleno direito em votação na sua sede, em Paris. Esta é a primeira votação sobre o assunto de uma agência da ONU, aprovada por 107 votos a favor (20 a mais que o mínimo necessário), 52 abtenções e 14 votos contra.
Estados Unidos, Alemanha e Canadá votaram contra, enquanto Itália e Grã-Bretanha se abstiveram. Quase todos os países árabes, africanos e latino-americanos votaram pela adesão. O representante americano manifestou posição contrária à do governo de seu país. "Não podemos tomar atalhos. Esforços como os de hoje são contraprodutivos", disse, garantindo que, apesar do resultado, os EUA continuarão a apoiar os trabalhos da Unesco. Israel, por sua vez, avaliou a decisão como um "freio para a paz".
"A Conferência Geral decidiu pela admissão da Palestina como membro da Unesco", afirmou a Unesco em um comunicado emitido imediatamente após a votação. "A entrada da Palestina leva o número de estados-membros da Unesco a 195", completa a resolução. O resultado foi recebido com uma salva de palmas na sede da Unesco e comemorado pelos palestinos. "Esta votação vai apagar uma pequena parte da injustiça cometida contra o povo palestino", afirmou o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Malki.
Próximos passos - O presidente palestino, Mahmoud Abbas, fez o pedido oficial de reconhecimento à ONU no dia 23 de setembro. "Basta! É hora de os palestinos finalmente terem sua liberdade. A hora da independência chegou", declarou, em seu discurso na 66ª Assembleia Geral. Doze dias depois, a mesma solicitação em prol do estado palestino foi encaminhada à Unesco, que decidiu favoravelmente nesta segunda. Contudo, para se tornar membro pleno das Nações Unidas - seu grande objetivo - a Palestina precisa do apoio do Conselho de Segurança da ONU, que dará seu parecer em novembro.
Fonte: Veja.com
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